Ao planejar uma viagem internacional, a maioria das pessoas logo pensa em aspectos de segurança física, como proteção contra batedores de carteira, seguro para bagagens perdidas ou atenção contra golpistas nos aeroportos. A segurança digital, no entanto, fica em segundo plano.

Esse descaso pela cibersegurança é um erro grave. Das redes de Wi-Fi inseguras aos downloads maliciosos, os viajantes podem se deparar com um conjunto de ameaças tão (ou mais) perigosas quanto as físicas, afetando desde seus dados pessoais até suas finanças.

Felizmente, com as medidas proativas simples, é possível aproveitar suas viagens e evitar facilmente as maiores armadilhas do ambiente digital.

Ameaças cibernéticas comuns durante viagens

Entre os riscos de segurança cibernética mais comuns encontrados por viajantes internacionais, destacam-se:

  • Ataques ao Wi-Fi público. Muitos turistas desfrutam da comodidade de acessar as redes gratuitas disponíveis em hotéis, aeroportos e lanchonetes para se manterem conectados. Porém, essas redes costumam ser desprotegidas e, assim, serem um atrativo enorme para hackers, que usam de sua conexão para interceptar o tráfego dos usuários e roubar seus dados pessoais, como senhas ou números de cartão de crédito.
Imagem mostra mulher mexendo no celular.
Foto: Pixabay
  • Aplicativos maliciosos. Aplicativos de localização, tradução ou transporte são escolhas comuns entre os viajantes. Mas, quando eles não são baixados de fontes oficiais, podem oferecer grandes riscos. Isso porque eles podem conter malware capaz de roubar informações ou rastrear atividades dos usuários.
  • Roubo de dispositivos. Perder o celular ou laptop no exterior não é apenas inconveniente, mas também pode oferecer riscos extras, como dar acesso total a contas online, caso os dados não estejam criptografados.
  • Phishing. Os golpistas frequentemente exploram turistas por meio de mensagens falsas, e-mails de phishing ou códigos QR enganosos que os levam a baixar malware ou fornecer dados pessoais e bancários.

Estratégias para se manter a cibersegurança

Para se proteger contra essas ameaças, existem algumas estratégias básicas que podem ser adotadas.

1. Proteger o IP

Muitos indivíduos buscam “como saber meu IP do celular” sem realmente entender a importância desse dado. O endereço IP é um indicador que pode ser usado tanto para rastrear a localização dos usuários, como para acompanhar seu histórico de navegação. É por isso que ele deve ser protegido.

Imagem mostra VPN, rede virtual privada.
Foto: Pixabay

Usar uma rede virtual privada (VPN) é a forma mais eficiente de fazer isso. Ao criptografar o tráfego de internet, ela impede a leitura das informações transmitidas online por terceiros, além de mascarar o IP e evitar que cibercriminosos descubram onde os usuários estão.

2. Evitar Wi-Fi público

Não se deve jamais acessar perfis bancários, pagar contas ou inserir dados de login enquanto conectado a uma rede pública. Caso seja inevitável, isso deve ser feito por meio de uma VPN para proteger as informações digitadas. Mas se houver escolha, a recomendação é usar dados móveis.

3. Atualizar sistemas

Antes de sair de casa, os viajantes devem atualizar todos os seus aplicativos e sistemas operacionais. Isso garante que eles tenham as últimas correções de vulnerabilidades e problemas de segurança explorados por hackers.

4. Bloquear seus dispositivos com senhas

Outra recomendação é se certificar de que o celular, tablet e laptop tenham senhas fortes ou bloqueios biométricos (como impressão digital). Deve-se também ativar o bloqueio automático de tela quando não estiver usando seus dispositivos, para evitar que indivíduos mal-intencionados instalem spyware ou roubem dados.

5. Ter cuidado com códigos QR falsos

Os códigos QR estão por toda parte, em cardápios, ingressos de museus, quiosques de aeroportos, e mais. Infelizmente, os cibercriminosos também os usam para direcionar suas vítimas a sites maliciosos. Por isso, os viajantes devem escanear esses códigos apenas de fontes confiáveis ​​e nunca clicar em links suspeitos enviados por SMS, e-mail ou redes sociais.

Como mensagem final, os turistas devem ter em mente que os hackers e as ameaças cibernéticas não tiram férias. Por isso, nunca é demais prestar atenção aos aspectos básicos da cibersegurança – especialmente em relação às redes usadas e ao tipo de informações trocadas na internet.