Paris é muito mais do que o batido clichê da “cidade do amor”. Os bairros, praças e ruas da capital francesa, são um verdadeiro repositório de Arte e Cultura que não só marcaram a história de França, mas também de toda a Europa.

We’ll Always have Paris” (“teremos sempre Paris”), frase intemporal gravada nos anais do Cinema por Bogart em “Casablanca”, é a pedra de toque da viagem que agora iniciamos por alguns dos tesouros materiais e imateriais que Paris tem para nos oferecer durante uma estadia nos seus braços de luz.

Atrações Culturais em Paris que não pode perder

Fazer turismo em Paris é uma viagem ao coração artístico e cultural da Europa Ocidental.

Da incontornável Torre Eiffel, passando pelo Museu do Louvre, ícone da museologia mundial e acabando nos misteriosos Bois de Boulogne e cemitério de Père Lachaise, o que não faltam são pontos turísticos em Paris para enriquecermos alma e espírito.

Seria tarefa para estafar o melhor dos maratonistas percorrermos todos os pontos de interesse turístico e cultural em Paris, por isso, com este guia de referência do turismo em França, reduzimos a lista a 7 magníficos, tantas quantas as sete maravilhas do mundo.

Como não podia deixar de ser, começamos então esta nossa viagem.

Torre Eiffel

O que é que a Ponte Luís I e a Torre Eiffel têm em comum? Exato, Gustave Eiffel, arquiteto francês que deixou marca em Portugal e, claro está, em França.

Construída entre 1887 e 1889 no âmbito da Exposição Universal de Paris em 1890 para homenagear o centenário da Revolução Francesa (1789), a torre nem sempre foi o adorado ícone global que é na atualidade.

Alvo de violentas críticas durante e após a sua inauguração, a Torre era para ser desmantelada uma vez finda a Exposição, mas a monumentalidade da construção (324 metros de altura, mais de 18 mil peças metálicas e mais de 2,5 milhões de rebites) e as milhares de bocas abertas de espanto ditaram que se mantivesse “viva” e, chegados ao séc. XXI, seja o monumento mais visitado do mundo.

Aceita o desafio de subir ao topo da Torre Eiffel e deslumbrar-se com a vista 360º de Paris?

Museu do Louvre

Depois de uma subida à Torre Eiffel, entramos no Templo da Arte e Cultura em Paris: o Museu do Louvre.

No total, este museu instalado no palácio do Louvre oferece aos visitantes mais de 35 mil obras pictóricas, escultóricas e objetos de arte provenientes de diferentes eras e culturas, como é o caso das coleções egípcias, gregas e etruscas.

A variedade é, deveras, impressionante, assim como impressionante é a montanha de pessoas que se acumula nas suas galerias e corredores para apreciarem obras tão importantes da Arte, como “A Mona Lisa”, de Leonardo Da Vinci, “A Coroação de Napoleão I” de Davi ou a “A Vénus de Milo”

Ópera Garnier

Inaugurado em 1875, o palácio Garnier é um dos monumentos mais interessantes de Paris. Idealizado por Charles Garnier a pedido de Napoleão III, esta obra-prima do estilo neobarroco é ornamentada e ricamente decorada, com frisos de mármore multicolorido, colunas e muitas estátuas.

Quanto ao seu interior, o visitante ficará seduzido pelos ricos veludos e superfícies folheadas a ouro, querubins e ninfas que o ornamentam e, atenção, não deixe de admirar o candelabro central do salão principal que pesa mais de 6 toneladas e a pintura do teto, obra do pintor Marc Chagall datada de 1964.

Arco do Triunfo

Construído em homenagem à vitória dos exércitos de Napoleão Bonaparte na batalha de Austerlitz, este monumento em estilo neoclássico com 50 metros de altura e 45 metros de largura está colocado numa zona central de Paris permitindo-nos, depois de subir os seus 284 degraus, admirar as doze avenidas que irradiam em torno da praça da Estrela, entre elas, a famosa avenida dos Campos Elísios.

De sublinhar que, no Arco do Triunfo, poderá ainda observar obras escultóricas de, entre outros, Cortot ou Lemaire, visitar a sala do Ático onde poderá descobrir uma exposição sobre a história do edifício e o túmulo do Soldado Desconhecido, cuja chama eterna é reavivada todas as noites, às 18h30, desde 11 de novembro de 1923.

Bois de Boulogne

Após uma primeira existência enquanto reserva de caça dos reis de França, o parque tornou-se “plebeu” e passou a ser local de passeio obrigatório não só para os parisienses, mas também para toda a “fauna” noturna que habitava Paris ajudou a que se criasse, em seu redor, uma série de mistérios nunca resolvidos que viriam a servir de inspiração a várias obras pictóricas, literárias e até cinematográficas.

Esta relação com as Artes e a Cultura continua nos dias de hoje com o teatro de Guignol, o percurso acrobático e a moderna Fundação Louis Vuitton, inaugurada em 2014 e dedicada à criação contemporânea, obra em forma de veleiro assinada pelo bem conhecido arquiteto Frank Gehry.

Montmartre

Quem viu “O Fabuloso Destino de Amélie” não pôde deixar de se apaixonar pelo pitoresco bairro onde vivia a hiperativa Amélie Poulain. Esse bairro dá pelo nome de Montmartre e foi, ao longo do séc. XX, o coração de gerações de pintores, artistas e revolucionários que mudariam o mundo à sua maneira, como é o caso de Dali, Renoir, Toulouse-Lautrec, Cézanne ou Louise Michel.

Para além do famoso Café des 2 Moulins que foi palco de algumas das cenas mais importantes de “O Fabuloso Destino de Amélie”, Montmartre é casa do Bonne Franquette, albergue frequentado por inúmeros artistas de renome, do cabaré Moulin Rouge, do jardim Jehan Rictus e da basílica de Sacré Coeur.

Cemitério de Père Lachaise

Não é de todo estranho, um cemitério ser local de romaria, mas já não será normal que nele encontremos garrafas de whiskey, pontas de charros e até peças de roupa íntima. Contudo, é tudo isto e muito mais o que podemos vislumbrar numa visita ao famoso Père-Lachaise.

Última morada de nome icônicos da música, como Jim Morrison ou Chopin, das Letras e do Teatro, como Oscar Wilde, La Fontaine ou Moliére, o cemitério de Père-Lachaise (“padre La Chaise” em português, confessor do rei Luís XIV) é um espaço arquitetónico de relevo, uma vez que alberga monumentos funerários e túmulos majestosos góticos e haussmannianos, bem como um impressionante monumento aos mortos da autoria do escultor Bartholomé que, hoje em dia, está classificado como Monumento Histórico.