Perrengue significa problema, situação crítica, difícil de ser resolvida ou simplesmente uma situação complicada. Em viagens é muito comum passarmos por perrengues de viagem. Por isso vamos mostrar algumas situações com colegas para que você evite-as.

Esteja preparado pois a nossa lista de perrengue de viagem está no mínimo bem elaborada com histórias reais e contadas por alguns colegas blogueiros de viagem. E para aumentar a emoção ainda mostrarei em 1º pessoa.

7- Perrengues de Viagem para rever conceitos

Veja algumas situãções bem complicadas em nossos perrengues de viagem. Até o meu vou contar, ele é o primeiro abaixo. Imagine a minha aflição, achando que seria preso.

7- Multado na Tailândia

Vou começar pelo meu próprio relato. Estava fazendo a minha viagem dos sonhos de 30 dias pela Tailândia. E no norte deste país, quando visitava o Festival das Lanternas, aluguei um scooter. Experiente com moto que eu sou achei que não teria problemas.

Foram 15 dias motocando pelas montanhas e mais 5 dias pelas praias no sul. Porém nos últimos dia de viagem estava em Chiang Mai e vi uma blitze. Na hora pensei que como sou turista não seria parado. Porém para minha infelicidade a blitze era exatamente para turistas que estavam indo visitar o Templo dos Tigres.

O policial com aquela dificuldade de falar inglês, o que é bem comum na Tailândia, me pediu a Carteira de Habilitação Internacional e eu não tinha. Para piorar ele falou que eu seria multado e tomaria três dias, e bateu uma aflição grande achando que era “3 DIAS PRESO”. 

Porém na verdade ele estava tentando falar que eu deveria pagar a multa de cerca de U$$ $15 dólares e que após esse pagamento eu poderia pilotar o scooter por três dias pelo país sem o risco de tomar outra multa, que baita perrengue de viagem.

 Porém eu fiquei com tanto trauma de achar que seria preso que devolvi a moto e nem quis o dinheiro de volta e conclui a viagem de busão e carro de aplicativo. Relato próprio do Moises, autor deste blog. E detalhe que pedi uma foto com ele, e voce pode ver ela abaixo. Só me restou reconhecer que estava errado e seguir a viagem.

Imagem mostra policial e turista que acabou de passar por um perrengue de viagem

6- Problemas com as Farcs na Colômbia

A maioria dos perrengues acontecem independente da nossa organização: há mais de 20 anos desembarcamos na Colômbia quando as Farc eram um grande problema. E resolvemos contratar um carro para nos levar até Zipaquirá, para ver a famosa mina de sal e sua catedral debaixo da terra. 

Naquele tempo não era possível comprar ingressos com antecedência. Ao chegar havia uma fila imensa. De repente vimos uma correria e a fila foi se dissipando. Acabamos entrando facilmente e só soubemos que teve um ataque das Farc na região quando saímos.

 No retorno para Bogotá estava um trânsito terrível, lotado de policiais e de barreiras. A nossa sorte foi estar com um motorista local. Por sorte estes tempos de incerteza na Colômbia ficaram para trás. Situação narrada pela amiga Fernanda  do blog Galas & Disperati

5- Salvas por um estranho casal japonês

Eu e uma amiga estávamos em Tokyo. Queríamos visitar um local chamado Adoiba, onde tem uma réplica da Estátua da Liberdade e outros pontos turísticos.

Quando saímos do metrô nos perdemos. Já era de noite e as ruas meio vazias. Como estamos sem internet não tinha Google Maps para salvar. Claro que todas as placas estavam em japonês. 

Foi dando um certo medo e aquela sensação de onde estamos e o que fazer. Até que vimos um jovem casal e resolvemos pedir informações. A menina não falava inglês, mas o rapaz sim.

Ele disse que estavam indo na mesma direção e que poderíamos acompanhá-los.

Enfim, chegamos lá e o casal se despediu e voltou pelo mesmo caminho. Ou seja, eles foram gentis e nos levaram ao local. Simplesmente saíram de sei caminho para nos ajudar. Esse é um exemplo da gentileza do povo japonês, que te ajudam até mesmo em um perrengue de viagem.

Ah! No caminho todo o rapaz ficou falando mal da namorada em inglês e, tadinha , ela sem entender! Só sorrindo para a gente!  O que ele falou? Isso é para outra história!  Lu do blog  Lets Fly Away 

4-Dormindo em um Muquifo

Eu fui a Évora para passar dois dias e quando cheguei lá descobri que a pousada onde eu iria ficar com uma amiga era fora da cidade e não havia facilidade de transporte. Decidimos voltar para Lisboa no final da tarde, mas só tínhamos hospedagem reservada para dois dias depois. Até aí tudo bem.

 Era só fazer uma reserva na mesma pousada de onde saímos e para onde iríamos voltar, mas descobrimos que  não havia mais vagas. E não havia mais vagas em nenhum lugar da cidade porque Lisboa estava sediando, justo naqueles dias, mais de um evento internacional.

Fomos salvas por uma velhinha que – só pra vocês terem ideia do tamanho do desespero – eu abordei em uma das ruas do antigo bairro de Belém, perguntando se não nos abrigaria em sua casa ao menos por uma noite. 

Imagem ilustrativa

E ela nos apresentou uma pensão (nome que se dava antigamente a hotéis muito simples e baratos) localizada no mesmo bairro, que funciona em um casarão antigo, com aparência de muquifo, e não aparece em nenhum lugar da internet. Mas tem um quarto ótimo, preço inacreditável e está localizada ao lado do famoso Pastel de Belém. Relato da  Silvia do blog Lugares de Memória.

3-Banho coletivo na França

 Olááá, eu sou Carolina Belo e venho contar um perrengue de viagem atrelado à corrida.

Aliás, isso é algo bem comum, porque viajo, na maioria das vezes, para participar de corridas.

Participei da Corrida Paris-Versailles em 2013. E, como o nome já indica, ela parte de Paris, aos pés da Torre Eiffel, e chega bem próxima ao Palácio de Versailles, em um total de 16 km. Então, seria uma ótima oportunidade para conhecer esse local que era tão falado na escola pelos professores de História.

Eu poderia ter reservado um hotel para me arrumar após a corrida? Poderia.

No entanto, como no regulamento da prova estava escrito que haveria locais para tomar banho em um ginásio, pensei: “por que não economizar?” Bom, aí começou o perrengue em si, já que a prova tinha sido sensacional.

Isso porque era um vestiário feminino, bem no estilo coletivo mesmo, ou seja, sem divisórias nas portas. Aí a pessoa chega toda envergonhada, uma vez que não tem costume disso, e vai refletindo…

Como percebi que não tinha muito o que fazer, o negócio foi tirar a roupa e achar um lugar mais “no cantinho”, para não ficar tão exposta. Tentei agir naturalmente, pensando que como eu não as conhecia, elas também não me conheciam e estava tudo bem.

Eu me lembro de que, naquela época, eu tinha uma mania de dizer: “seja livre”. Dessa forma, aquele era o momento para eu ser livre. Como gosto de ver sempre o lado positivo, ainda bem que cheguei cedo ao ginásio e foi algo menos vexatório… 

E, além disso, foi um aprendizado para as próximas vezes: quando acontecer algo assim, reservarei um hotel, he he he he… Com certeza, a chance de um perrengue será minimizada!  Um super beijo e até a próxima, Carolina do viajarcorrendo.com

2-Banho de Vômito é um baita perrengue de viagem

Estava voltando de Dubai para São Paulo pela Emirates em um voo lotado. E uma moça que sentou perto dela não parava de comer hora nenhuma e depois corria para o banheiro, sempre repetindo estas ações. 

E de repente quando o voo pousada a referida passageira começou a vomitar e aquilo jorrava pelas poltronas próximas e pessoas que estavam do lado. Todos começaram a ficar com nojo e cheio de vômito e sem entender. 

Por incrivel que pareça a amiga Leda e o Marido não ficaram vomitados. Todos do avião ficaram assustados,  e o avião ficou vomitado até no teto e caia na cabeça das pessoas que estavam assustadas.  Um baita e nojento perrengue de viagem, não? Porém não acabou.

E quando já saiam do avião foram abordados por funcionários da Emirates e estes pediam tickets de embarque pois vários brasileiros haviam entrado no voo sem comprar passagem. É uma história tão horrivel que eu vou ali no banheiro vomitar. Triste relato da amiga Leda que faz roteiros para Dubai.

 1-Perrengue de viagem com hotel em Cusco

Em 2014 fui rumo ao Peru, para ir a Cusco e Machu Pichu pela 2ª vez. O motivo: presente de dia das mães para minha mãe, era sonho dela conhecer as ruínas incas de pertinho! Junto com a gente vieram minha sogra e meu marido, que à época, ainda era namorado!

E tudo isso começou com uma oferta que havia achado no falecido Groupon, que incluía aéreo e hotel. Um verdadeiro achado! Já havia viajado assim uma vez para a Ilha de Páscoa, então, achei que não tinha nada a temer…

Fomos em meados de outubro, quando naquelas alturas, o tempo não era quente, era bem fresquinho durante o dia e bem frio durante a noite!

Pois bem, chegamos ao hotel. Já achamos meio esquisito. Haviam 2 crianças para nos atender (?) E a gente demorou um certo tempo para entender que eram elas que iriam nos atender, afinal, estávamos vindo de um longa viagem de SP-LIMA-CUSCO, e vamos combinar que não é comum encontrar crianças na recepção de um hotel para te atender!

Atendidos, fomos levados para os nossos quartos. O meu e do meu marido ficava no 1º andar: sem elevador. Até aí tudo bem, se isso fosse perrengue de viagem a gente nem viajava. Minha mãe e minha sogra ficaram tipo num subsolo.

A estrutura do hotel era como se fosse uma casa de um andar (com poucos quartos), o térreo (recepção e café da manhã) e subsolo (mais poucos quartos). Não era o que estávamos esperando. Mas ok, tínhamos uma cama (que pinicava), um banheiro com chuveiro, era o que precisávamos.

Em Cusco e Machu Picchu os passeios são muito cedo, mas hotéis, pousadas, hostels, costumam seguir os cronogramas, porque né, os hospedes que estão lá vão lá justamente pra isso. Então o café da manhã também era bem cedo. Do nosso “hotel casa” também era. Assim tinham nos informado os 2 irmãozinhos!

No primeiro dia, descemos no primeiro horário e: ninguém. Tudo escuro, nenhum café e ninguém para falar. Subimos novamente, esperamos mais uns 5mins, o que acreditávamos ser um tempo razoável de atraso e… nada novamente. Esperamos uns 30mins para uma das crianças aparecer e dizer que o café estava sendo preparado…

Sorte que não tínhamos nenhum passeio programado para aquele dia durante a manhã! Pois este perrengue de viagem poderia ser pior.

E quando veio, não passou de um pão com manteiga e um café com leite. E gente, eu que não sou de café sabia que aquele tava horrível. E o pão era duro… Tipo, aquele café da manhã de hotel naquele hotel, nunca nem vi…

Mas o pior não era isso. Era todos os dias quando chegávamos dos passeios e queríamos tomar um banho quente. Primeiro, porque chegávamos imundos, cheios de areia, pó, porque todos os passeios são praticamente mini trilhas. Segundo, porque tava muito frio.

Só que, todos os hospedes chegavam ao mesmo tempo querendo tomar banho.

Bastava um de nós entrar no chuveiro, não dava 1min de água quente… bum! Água gelada. Toca se vestir. Toca ir no quarto da minha mãe e da minha sogra. Não deu nem tempo, elas já estavam na recepção reclamando com as crianças querendo “água caliente” para tomar banho!

As crianças não entendendo nada, não sabendo o que fazer (obviamente). Eles iam e vinham sem resolver. E aí não tinha jeito… Era banho frio.

E eu tenho muito problema com água gelada! Podem me chamar de fresca (ou não! Kkk), mas eu não consigo lidar com água gelada. Eu passo mal! Eu tomo banho quente no calor… Imagina como eu tava naquele frio e tendo que lavar o cabelo… Eu tomava banho chorando todos os dias, e com raiva deste perrengue de viagem. Por mais que eu fazia penteados práticos de viagem eu ainda sofria no quesito..

Foram 3 noites assim. Isso, somado a outro perrengue que tivemos com um guia, que nos largou sozinhos em Machu Pichu sem o ticket de trem de volta e sem atender o telefone (spoiler: conseguimos voltar, uma parte de trem, outra de carro, em muitas curvas e eu passei muito mal, cheguei no hotel e tive que tomar banho gelado!) me renderam na espera do voo de volta, uma baita crise de ansiedade e pânico!

Depois disso eu passei a ser muito mais criteriosa na escolha das minhas hospedagens! E principalmente: verifico sempre se tem água quente! Relato da amiga Fefa do blog Fefapelomundo.com

Tem como curtir sem passar perrengues de viagem?

Infelizmente a resposta é não. Pois muitas vezes como vimos no texto isso está além do nosso controle. Eu diria que o mais importante é manter a calma e ter um bom seguro viagem e uma boa quantia para fugir deste perrengues quando for o caso.

Outra dica importante é se comunicar bem. Pois como vimos o ingles é muito importante e não ter vergonha de pedir ajuda também. No mais eu digo que infelizmente não tem como viajar sem passar por algum perrengue. E você já passou por algum? Conta nos comentários.